À Bolina

sexta-feira, abril 29, 2005

À flor das águas



Hoje o dia amanheceu com Sol. Brilhante.
Os raios de luz entraram pelas frestas da janela e acordaram-me sem sobressalto.

Vi o céu de um azul vivo e despertei para o novo dia que já esperava lá fora.
As tarefas por fazer em cima da secretária, acenavam-me que me concentrasse em trabalho. Não quero. Hoje não.

Em vez disso decidi pegar nas chaves e caminhar pela cidade. As pessoas parecem estranhas pela manhã com os gestos ainda meio entorpecidos do sono...

Para onde vou? Para a beira-mar. Tenho saudades de deixar que as ondas me tragam nova vida, que o cheiro a maresia me invada as narinas e me purifique os pulmões e que o verde-escuro do mar dê outra cor aos meus dias cinzentos.

Vou fazer-me ao mar. Quero sentir de novo o som rouco do motor, tomar na minha mão o destino do meu barco, sentir o vento correr solto entre os meus cabelos, semicerrar os olhos por culpa do reflexo do sol intenso e deixar que os meus pensamentos naveguem livres à flor das águas...

Hoje sou vento, água, maresia, sou a espuma salgada que me enche de vida e me dá prazer. Hoje sou eu!